terça-feira, 21 de junho de 2016

Tráfico de drogas, abandono familiar e preconceito abarcam o encarceramento feminino


"Da mesma maneira como a sociedade julga com indignação as penas aplicadas no passado, como por exemplo a decapitação, o enforcamento e o apedrejamento, futuramente, daqui a 200 ou 300 anos, o modelo prisional atual, que 'enjaula' os indivíduos, provocará a mesma perplexidade". A afirmativa é do professor de Direito Penal da PUC/MG e membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Leonardo Yarochewsky, ao criticar duramente as penas aplicadas pelos juízes criminais. Durante o evento O Encarceramento Feminino e os Direitos Humanos, promovido pelo Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da ENSP (Dihs), Yarochewsky indignou-se com a situação da mulher encarcerada: "De 2005 a 2012, a população carcerária masculina cresceu 70%, enquanto a feminina dobrou - chegando a 146%. E as mulheres não se tornaram mais violentas ou passaram a cometer mais crimes. A lei ridícula e moralista de drogas, que coloca negros, pobres e miseráveis na prisão, justifica esse aumento." SAIBA MAIS

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